Perguntas Frequentes

Encontre abaixo as resposta para algumas questões frequentes, associadas à preparação e realização de exames ecográficos. Para alguma outras questão que tenha agradecemos que nos contacte preferencialmente por email.

A Ecografia é uma ferramenta de diagnóstico não invasiva, utilizada para avaliação de alterações dos órgãos internos dos animais. As ondas de ultra-sons são emitidas pela sonda e atravessam os órgãos e tecidos do animal, são posteriormente reflectidas pelos tecidos e regressam à sonda que as transmite ao ecógrafo. O ecógrafo converte as onda refletidas, em tempo real, em imagens bidimensionais representadas num écran numa escala de cinzentos.
É também possível por meio de técnicas complementares, como o “Doppler”, avaliar o fluxo sanguíneo de artérias e veias, dentro de órgãos e de tecidos normais e alterados.
Em adição, a ecografia pode guiar a colheita de líquidos corporais (centeses), células (aspirados) e amostras de tecidos alterados (biópsias), para posterior análise citológica ou histológica.
Ao contrário dos raios-x, os ultra-sons e o exame ecográfico não são nocivos nem para o animal nem para as pessoas presentes no espaço aquando a realização do exame.

O contacto da sonda directamente com a pele do animal é fundamental para uma correcta transmissão dos ultra-sons. O pêlo e o ar prejudicam o contacto e, consequentemente, a aquisição e qualidade da imagem.

No espaço Ecovet, seguindo as recomendações de boas práticas de exame ecográfico, todos os animais são tosquiado sem excepções.

Uma semana após a tosquia, o pêlo começa a crescer, dependendo da fase do ciclo de crescimento em que se encontra. Habitualmente, após 4 semanas já existe uma cobertura de pêlo considerável.

A presença de alimentos e gás no estômago aumenta substancialmente a presença de artefactos de imagem que poderão impedir uma avaliação sistemática quer do tracto gastro-intestinal, quer de determinados órgãos adjacentes, nomeadamente pâncreas, zona porta-hepatis e glândula adrenal direita. Desta forma, o jejum maximiza a qualidade diagnóstica da ecografia.

Em cães e gatos recomendamos um jejum de 8h de comida sólida, podem beber água. Embora na suspeita de patologia gastro-intestinal poderá estar indicado jejuns maiores de 12 a 24h. Informe-se com o seu médico veterinário assistente da correcta preparação.

Se o seu animal não poder fazer jejum, como no caso de ser diabético ou estar em estado crítico, poderá alimentá-lo com comida em papa (passada com varinha mágica e sem quaisquer grumos). Informe-se com o seu médico veterinário assistente.

Para o exame do trato urinário e reproductor é muito importante a bexiga estar moderadamente distendida.

Para o efeito basta não deixar o seu animal urinar nas 3/4 h prévias exame. Evite que o seu cão vá à rua ou passear antes do exame.

No caso dos gatos deve remover o acesso ao areão ou ao exterior.

Se o seu animal é nervoso no veterinário, se é muito energético, se tem dor ou se no geral é menos cooperante, recomendamos que considere uma medicação ansiolítica como a Gabapentina (Gatos e Cães) e Trazodona (Cães) que é administrada cerca de 2 h antes do exame ao animal.

Estas medicações são comprovadamente seguras mesmo em animais cardiopatas (doentes cardíacos). Informe-se com o seu médico veterinário assistente.

Se for necessário podemos sempre sedar ou anestesiar o animal. Agradecemos que assinale a marcação do exame com sedação se for o caso.

Quando um animal está nervoso e assustado, pode ser tornar-se mais reactivo e agressivo, mesmo com medicação ansiolítica. Ainda que a ecografia não seja um exame invasivo o doloroso o animal tem que estar contido numa determinada posição (deitado de lado e com as patas seguras) e muitos não estando habituados a ser manipulados desta forma e ficam mais stressados, não quer dizer que o seu animal seja “mau”, simplesmente está muito nervoso.

Temos o direito e responsabilidade de nos proteger a nós, à nossa equipa e aos próprio tutores que possam estar a segurar o animal de qualquer potencial agressão e lesão. Agradecemos a vossa compreensão para sempre que o animal se revele nervoso durante o exame, iremos coloca-lhe um açaime ou colar de proteção.

Utilizamos colares de tecido atraumáticos e açaimes de cesto de modo a permitir aos animais abrir a boca e estarem o mais confortáveis. Todos os materiais utilizados na contenção são devidamente higienizados antes de serem reutilizados.

A Punção por agulha fina (PAF) eco-guiada envolve o uso de uma agulha para colher uma amostra de células de uma massa, lesão ou órgão guiadas por ecografia. As PAF’s também podem ser usadas para colher uma amostra de urina (cistocentese) ou líquido em condições em que há acumulações anormais.

Nas punções eco-guiadas, os animais sentem apenas desconforto na perfuração da agulha quando esta atravessa a pele. Normalmente usam-se agulhas ainda mais finas que na colheita de sangue. 

Em punções da bexiga, liquidos abdominais, nódulos cutâneos no corpo e de estruturas superficiais e mais caudais no abdómen,  normalmente não é necessário sedação. Não obstante lesões mais craniais e profundas, nódulos na cabeça, lesões próximas da arcada costal ou com acesso intercostal tendem a ser mais desconfortáveis e normalmente será necessário algum tipo de sedação.

A ecografia, como técnica bidimensional que é, não permite numa única imagem ver todos os fetos ao mesmo tempo. É possível que nos vários planos utilizados ao fazer o exame haja sobreposição e se conte o mesmo feto duas vezes. Em ninhadas mais pequenas até 4 animais normalmente é possível identificar correctamente o número de fetos, mas em ninhadas maiores a taxa de erro aumenta assim que caso se pretenda determinar o numero exato de fetos, está indicado a a realização de um exame radiográfico a partir dos 45 dias de gestação.

4 semanas após a tosquia normalmente há há uma boa cobertura de pelo na zona. Não obstante alguns animais, consoante a fase do ciclo do pelo, podem demorar mais, e em casos raros pode chegar a demorar 12 a 16 meses. Em animais em quimioterapia é mais comum haverem atrasos significativos no crescimento do pelo como efeito secundários às medicações utilizadas.
 
Se passados 2 meses não houve qualquer crescimento dever-se-á despistar que não haja nenhuma outra patologia subjacente, nomeadamente problemas hormonais como o hipotiroidismo, hiperadrenorticismo, alopécia hormonal, ou alopécia X.
 
Uma vez que os testes tenham sido realizados adequadamente para descartar fatores contribuintes significativos para a alopecia, por exclusão deveremos considerar que deverá efectivamente estar relacionada com o ciclo de crescimento do pelo. 
 
Aparte de suplementação com nutricêuticos como os Omega 3, poderemos utilizar a suplementação com melatonina, visto que possui a capacidade de estimular o ciclo piloso.